O dia esta prestes a amanhecer e meus olhos nem se querer se
fecharam, sinto algo molhado e gélido percorrendo meu rosto, demora um pouco
até eu perceber que é uma lagrima, que cai ao chão e se desfaz em um milhão de
gotículas. Uma hora depois eu tento encontrar o verdadeiro motivo do qual me
fez chorar por quarenta minutos sem parar, busco os sentimentos mais horríveis,
as decepções amorosas, dentre outros milhares de motivos que supostamente me
fizesse se sentir assim, por fim acabo percebendo que foi uma busca em vão.
Coloco meus pés no chão e começo a caminhar rumo ao interruptor, acendo a luz,
sei que esta claro, porém minha visão continua turva e escura, pego um
comprimido a base de clonazepam na segunda gaveta da escrivaninha e engulo a
seco. Paro enfrente ao espelho e acabo não reconhecendo a imagem da qual o
mesmo refletia, meus olhos estavam literalmente inchados e as expressões do meu
rosto mostravam um filete de dor. Resolvi então tomar um banho para ver se
aquilo passava de uma vez por todas, liguei o chuveiro e comecei o meu demorado
banho quente, demorei a voltar ao mundo real, estava anestesiado por algo que
até eu mesmo desconhecia, mais trinta minutos se passa e por fim acabo
percebendo que o medicamento esta fazendo efeito em meu organismo, respirei
fundo, desliguei o chuveiro me enrolei na toalha e sai do banho. Deitei em
minha cama, tive alguns minutos de alucinações por conta da medicação e acabei
mergulhando no vazio da angustia em que estava sentindo horas antes, resultando
em doze horas de sono seguidas, onde nem se quer me lembrava do que havia
ocorrido na madrugada passada.
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